domingo, 29 de maio de 2011

Empresa de correios indiana contrata apenas surdos

Achei interessante essa notícia que vi na última visita que fiz à APADA, no mural de oportunidades e empregos que eles mantêm atualizado. 


Empresa de correios indiana contrata apenas surdos



         A Mirakle Couriers é uma empresa de correios de Bombaim, na Índia, cujo 
diferencial é empregar apenas pessoas surdas.A ideia é eliminar o estigma 
social do povo indiano em relação aos portadores da deficiência, que somam 
cerca de 6% da população do país. Salvo o fundador e o diretor de operações,
 todos os empregados da Mirakle Couriers são surdos, inclusive os entregado
res. O modelo é baseado no conceito de criar um serviço empreendedore 
rentável e que transforme os deficientes auditivos em parte da comunidade
 economicamente ativa. 
          Por enquanto, o serviço está disponível apenas em Bombaim, mas a 
direção planeja a expansão para outras cidades indianas e até mesmo outros 
países.
          A empresa foi fundada por Dhruv Lakra, ex-banqueiro de investimentos. 
Insatisfeito com a situação estigmatizada na Índia, resolveu fundar a Mirakle
 em 2008. Para ele, é importante entender que sua intenção é realmente ser 
um negócio social e não uma forma de caridade.Seu maior interesse é 
desenvolver modelos de negócios que garantam o ganho financeiro e social.
 Atualmente, a Mirakle atende várias outras empresas de 
portes variados em Bombaim, como agências de publicidade, hotéis, 
empresários e galerias de arte.


Aprendendo na sala de recursos


       As pessoas com necessidades educacionais especiais têm assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à educação realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado.Ter uma sala de recursos  responde aos objetivos de uma prática educacional inclusiva que organiza serviços para atendimento educacional especializado disponibilizando aos educadores novas ferramentas pedagógicas para a participação efetiva dos alunos, melhorando o aprendizado em classe regular.
     Os alunos atendidos no de atendimento especializado são aqueles que apresentam alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente.O Atendimento Educacional Especializado é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com Necessidades Educacionais Especiais. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Esse atendimento deverá ser em horário contrário das aulas comuns.Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e produção de conhecimentos.


O professor da Sala de Recursos(formado em Pedagogia/Educação Especial)deve atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado; atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso dos alunos com DA ao currículo e a sua interação no grupo; promover as condições de inclusão desses alunos em todas as atividades da escola; orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo educacional; informar a comunidade escolar a cerca da legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional; participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento às necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material didático-pedagógico que possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade e articular, com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva.

A Família do Deficiente Auditivo

       A família do deficiente auditivo, é a base para seu desenvolvimento, devem acompanhá-lo nas suas fases escolares, ter uma boa relação com professores podendo relatar fatos que são relevantes para a aprendizagem e ter um Feedback do que acontece também no ambiente escolar, os pais também devem estar antenados no que acontece  em seu meio social, em relação à tudo que envolva a inserção de seus filhos com DA no mercado de trabalho, na sociedade,como a entrada para a universidade, aprovação em concursos, vagas de empregos.É importante estar atento às oportunidades que surgem à sua volta e aos direitos que tem. Outro importante lembrete aos pais é que eles  podem perceber, precocemente, a surdez de seu filho, se observarem alguns indícios ou sintomas, apresentados pela criança, e que podem indicar anormalidades no seu comportamento auditivo. Os principais indícios apresentados pelas crianças que possuem deficiência auditiva são:
  •  não se assustar com portas que batem ou outros ruídos fortes;
  •  não acordar com música alta ou barulho repentino;
  •  não atender quando são chamadas;
  •  serem distraídas, desatentas, desligadas, apáticas, não se concentrar;
  •  não falar de modo compreensível;
  •  não falar, após dois anos de idade;
  •  parecer ter atraso no desenvolvimento neurológico ou motor.
    A verdade é que, seja por razões orgânicas, ambientais ou por força de fatores hereditários ou adquiridos, muitas pessoas são portadoras de um atraso significativo no desenvolvimento que as caracteriza como portadoras de deficiência auditiva. Trata-se de  uma condição complexa e variada que se manifesta pela falta de audição, pelo insuficiente desenvolvimento da fala, com prejuízo à interação do indivíduo com o meio em que vive.    Uma criança, de qualquer faixa etária, que não reaja a ruídos ambientais, a sons instrumentais e à voz humana, provavelmente é surda e deverá receber atendimento médico e educacional especializado.
    Nesse caso, os pais e/ou a família deverão procurar os serviços comunitários: médicos, psicossociais, educacionais, associações de pais de surdos e associações de surdos.

Tecnologia a seu favor-Integração

  Em escolas que não podem contar com os profissionais da psicologia e da assistência social, torna-se necessário que o professor da educação especial oriente os pais a procurar esses serviços na comunidade, ou então assuma algumas das funções abaixo descritas. Nesse sentido, é importante que tomem ciência do que se passa com a família de um surdo.


Serviços Tecnológicos
  • Área da eletrônica
   Certas tarefas diárias, como atender o interfone ou a campainha da porta, ou levantar na hora certa, causam problemas aos portadores de deficiência auditiva. Já existem, porém, no Brasil ou no exterior, dispositivos eletrônicos que facilitam suas vidas, como:
    • adaptadores que fazem luzes piscarem ou suportes especiais que vibram quando a campainha toca;
    • despertadores ligados a um dispositivo, colocado sob o colchão ou o travesseiro, que  vibra para despertar a pessoa;
    • telefones equipados com um amplificador ou sistemas de circuito, que podem ser ligados ao aparelho de surdez;
    • adaptador para a visualização de dados, que ligado ao aparelho telefônico possibilita ao usuário ver a informação de um telefonema numa tela de televisão;
    • legendas na TV;
    • berço com auto-falante;
    • aparelhos de rádio FM na sala de aula;
    • mascaradores de zumbidos;
    • fones de ouvido ou pontos de escrita miniaturizados que podem ser conectados diretamente em muitos aparelhos de TV;
    • outros.
     No que se refere a dispositivos, equipamentos que facilitam a vida de pessoas com problemas auditivos, destacam-se os aparelhos de amplificação sonoral individual  AASI.
Cabe ao audiologista prestar esclarecimentos e recomendações aos pais quanto aos modelos de aparelhos de amplificação sonora individual.   
      1 - Aparelho “de caixa” - Indicado por estimular simultaneamente os dois ouvidos. O aparelho deverá:
  • proporcionar ganho acústico adequado à perda auditiva;
  • ter durabilidade;
  • ter resistência;
  • ter amplo espectro de freqüência, destacando as mais graves.
    Assistência técnica competente e de qualidade deverá ser oferecida pela empresa fornecedora do aparelho.
    2 - Aparelho retroauricular - Indicado por ter amplificação adequada à perda auditiva, ter efeito estereofônico (possibilita a localização de sons) e provocar efeito estético positivo.
Obs.: É necessário que o educando receba orientação e acompanhamento, por parte do médico, do fonoaudiólogo e de um técnico em eletrônica, de modo a facilitar a adaptação, o bom uso e a manutenção de seu aparelho de amplificação sonora individual. Caso contrário, a ação educativa, embora não seja impedida totalmente, pode sofrer sérias limitações.
    A ação educativa conta também com o apoio da área da informática.
    A utilização de computadores para melhorar o desempenho lingüístico (estruturação frasal) das pessoas surdas já é uma realidade em vários estados brasileiros.
2.3. Serviços Psicológicos e de Assistência Social
Objetivos do atendimento psicossocial:
  • informar e orientar os pais (família) acerca das questões relativas à surdez;
  • levar a família a refletir sobre a importância de sua participação no processo de desenvolvimento da criança surda;
  • assistir à família em suas necessidades psicossociais.
Ações desenvolvidas pela equipe psicossocial:
  • detalhar para a família o resultado do diagnóstico médico e fonoaudiológico;
  • prestar atendimento às famílias, a partir de seu referencial, de sua realidade, observando suas condições socioeconômicas e culturais e sua disponibilidade para participar da educação da criança. Levar em consideração o seu aspecto emocional sem pré-julgamentos e sem o estabelecimento de padrões ou valores sociais;
  • analisar e estudar os problemas de cada família: sentimentos de rejeição, medo, culpa, incerteza, ressentimentos, estresse e ansiedade;
  • participar da reflexão sobre a crise familiar e sua problemática, agravada (de forma muito negativa) no momento sociopolítico, econômico e cultural que o País vivencia;
  • esclarecer à família quanto à sua real importância no processo de formação de seu filho, como sujeito do mundo;
  • procurar envolver todos os membros da família na educação da criança, para que todos participem da busca e da conquista tanto de seus direitos e deveres, quanto da exigência dos direitos e deveres do surdo;
  • alargar o campo de ação da família, tornando-a mais responsável pelo filho e orientadora básica de sua educação, evitando negar-lhe qualquer tipo de informação;
  • conduzir a família de forma que ela encontre suas próprias soluções, e defina escolhas e condutas a partir de suas próprias deduções;
  • trabalhar em parceria com as famílias em busca de:
    • recursos financeiros para a aquisição de aparelho de amplificação sonora individual para as crianças - equipamentos;
    • elaboração/confecção de material didático, brinquedos adequados e montagem de tarefas que possam ser realizadas, em casa, pela criança;
    • melhoria no atendimento educacional como meio do crescimento, amadurecimento e conscientização do papel da família no processo educacional;
  • propiciar troca de experiências entre as famílias, com vistas ao crescimento de seus membros, possibilitando-lhes a descoberta de soluções mais práticas;
  • apresentar a filosofia, a metodologia e a dinâmica do trabalho utilizada pela instituição;
  • conduzir a família a uma visão clara, do processo educacional e suas etapas, esclarecendo-a quanto à etapa de desenvolvimento em que sua criança está inserida;
  • apontar os recursos físicos, materiais e humanos da instituição;
  • informar a família quanto aos objetivos a serem alcançados pela criança, no atendimento educacional, em conformidade com sua individualidade e potencialidade;
  • interagir com os pais, como facilitadora do processo educacional, como cobradora de posturas adequadas, como instrumentalizadora e mediadora dos mecanismos de desenvolvimento da criança;
  • procurar suprir necessidades emergenciais da família quanto a:
    • problemas emocionais (desabafos, questionamentos) e estruturais;
    • aquisição da carteira de passe-livre como acompanhante;
    • problemas de ordem técnica e jurídica;
    • informações a respeito da extensão da problemática da surdez;
  • repassar às famílias valores positivos que devem estar margeando e se infiltrando no processo da formação da criança surda;
  • desenvolver Programa de Orientação aos Pais, atendendo às seguintes propostas:
    • realização de entrevista para anamnese inicial;
    • coleta de documentação e dados para o mapeamento da situação socioeconômica da família;
    • convite aos pais, famílias, amigos, vizinhos para se engajarem no trabalho, como co-reabilitadores do surdo, visto que nenhum profissional da educação terá mais contato com a criança que a própria família;
    • organização de grupos de pais para estudo de apostilas, apresentadas a partir do primeiro contato da família com a escola, em reuniões semanais. Essas apostilas devem abordar, dentro de um enfoque psicossocial, os seguintes tópicos:
  •  informações gerais sobre surdez; 
  •  comunicação do/e com o surdo; 
  •  psicologia do surdo;  
  • sugestões de atividades a serem desenvolvidas na vida diária; 
  •  sugestões de atividades a serem desenvolvidas durante as brincadeiras espontâneas da     criança;  
  • sugestões para a confecção de brinquedos e jogos com vistas à participação da família na educação do filho;  
  • sugestões de atividades específicas que visam à preparação da fala;  
  • confecção de diário, para acompanhamento do desenvolvimento da criança;  sugestões para confecção de álbuns de figuras, para fixação de conceitos e experiências, a partir do interesse da criança.
          Ajustar o programa de orientação aos pais em conformidade com suas necessidades, introduzindo conteúdos acerca:
      • do perigo da família tornar-se um foco de pulsões destrutivas e autopunitivas, violentamente acentuadas por ocasião do nascimento da criança surda e pelo sentimento de incapacidade de interagir normalmente com ela;
      • da desestruturação familiar que pode ocorrer por ocasião do diagnóstico médico;
      • das funções criativas de suporte e de estimulação das potencialidades da criança surda, para que se tornem agentes do desenvolvimento do filho;
      • de valores positivos como: coragem, realismo, autoconfiança, apoio e entusiasmo, que provocam mudanças de atitudes frente ao desafio que é a educação de um filho surdo;
      • do papel da família no processo de interação e integração social do filho surdo.
    Estratégias utilizadas pela equipe psicossocial:
    •  interatividade permanente por meio de :
      •  reuniões semanais, mensais e semestrais;
      •  troca de experiências;
      •  debates sobre:
         práticas pedagógicas;  atividades da vida diária;  o conteúdo teórico do Programa de Orientação a Pais, e  avaliação do trabalho técnico e individual;
    • atendimento individualizado a cada família.

    Recursos pedagógicos e tecnológicos

    Alguns itens importantes para o professor manter o aluno com DA integrado em uma sala regular de ensino:
    - utilizar vocabulário e comandos simples e claros nos exercícios;
    - não modificar o vocabulário, os comandos, as instruções, as questões, somente na hora das avaliações;
    - dar-lhes oportunidades para ler, escrever no quadro, levar recado para outros professores, como os demais colegas;
    - ficar atento para que participem das atividades extra-classe;
    - lembrar-se de que apesar de "ler" (ver o significante, a letra), os alunos surdos muitas vezes não sabem o significado daquilo que leram. Muitos possuem o chamado analfabetismo funcional;
    - utilizar vocabulário alternativo quando eles não entenderem o que estão lendo. "Traduza", troque, simplifique a forma da mensagem;
    - resumir, sempre, o assunto (o conteúdo dado) no quadro de giz, com os dados essenciais, em frases curtas;
    - prestar atenção ao utilizar a linguagem figurada e as gírias porque precisará explicar-lhes o significado;
    - lembrar-se que a Língua Portuguesa apresenta-se para ele como uma língua estrangeira;
    - ter cuidado com a utilização de sinônimos (explique-os para os alunos);
    - destacar o verbo das frases, ensinando-lhes o significado, para que os alunos surdos possam entender as instruções e executá-las;
    - sentar-se ao lado deles, decodificando com eles a mensagem de uma frase, de um texto, utilizando materiais concretos e dicionário;
    - ler a frase ou a redação dos alunos junto com eles, para que possam complementar com sinais, dramatizações, mímicas, sinais e desenhos etc, o pensamento mal expresso;
    - enviar, com antecedência, para o professor de apoio da educação especial (escola especial/itinerante/sala de recursos):

  • o conteúdo a ser desenvolvido a cada semana;

  • o texto a ser interpretado;

  • o tema da redação a ser elaborada.

  •   Esse item nos remete à um problema que citei em uma das postagens anteriores: a falta de conhecimento do intérprete ao assunto dado,deixando-o a par do que será dado em sala de aula, o intérprete terá tempo para atualizar e preparar-se.
    - solicitar a presença do professor de apoio da educação especial em sua classe quando precisar de ajuda;
    - procurar sempre obter informações atualizadas sobre a educação de surdos e o ensino de sua disciplina em particular.
    Para as Escolas: a integração  do aluno surdo em classe comum será bem sucedida se:
    - a Escola estruture-se quanto aos recursos humanos, físicos e materiais;
    - o processo ocorra após o período de alfabetização, quando o educando já possui razoável domínio da Língua Portuguesa (falada e/ou escrita). No entanto, de acordo com as condições que ele apresentar, nada impede que a integração ocorra na pré escola ou em qualquer outra série;
    - a Escola, que vai receber este aluno, tenha conhecimento da sua forma de comunicação;
    - a Escola só o recebe para inclusão em classe comum, quando houver garantia de complementação curricular em Sala de Recursos, professores itinerantes ou intérprete de LIBRAS;
    - a Escola organize a classe comum de forma que não tenha mais de 25 alunos, incluindo o integrado;
    - sua idade cronológica seja compatível com a média do grupo da classe comum que irá freqüentar;
    - a Escola mantenha um trabalho sistemático visando a participação da família no processo educacional.

    O Papel do Intérprete de LIBRAS

         Na postagem anterior falei um pouco sobre o Intérprete de libras,mas vou completar nesta postagem mais algumas informações e deveres importantes dessa profissão,para esclarecer um pouco mais.
        A profissão de intérprete de LIBRAS (existe uma movimentação da comunidade surda organizada em âmbito nacional, no sentido de que a LIBRAS seja reconhecida oficialmente como língua) ainda não está regulamentada e poucos são os municípios que a reconhecem. Por outro lado, não existindo formação específica, é reduzido o número de pessoas habilitadas para exercer essa função que passou a ser desempenhada por familiares, amigos ou profissionais com longo tempo de convívio com surdos.
        Os intérpretes devem ter fluência na Língua Brasileira de Sinais, assim como ela é usada pelas pessoas surdas e ter também boa fluência em Língua Portuguesa. Geralmente, intérpretes com nível de escolaridade alto têm melhores condições de produtividade. A atuação dos intérpretes deve estar centrada no atendimento a todas as pessoas surdas que necessitam romper os bloqueios de comunicação com o objetivo de integrar surdos e ouvintes, facilitando a comunicação entre ambos. Freqüentemente, os intérpretes são solicitados para intermediar a comunicação de surdos e ouvintes em encontros, reuniões, cursos, palestras, debates, entrevistas, consultas, audiências, visitas, etc., além de participarem do processo de integração escolar do aluno surdo.
        A presença do intérprete de LIBRAS x Português e vice-versa, em sala de aula, tem aspectos favoráveis e desfavoráveis que precisam ser observados.

    •     Aspectos favoráveis:

      • o aluno surdo aprende de modo mais fácil o conteúdo de cada disciplina;
      • o aluno surdo sente-se mais seguro e tem mais chances de compreender e ser compreendido;
      • o processo de ensino-aprendizagem fica menos exaustivo e mais produtivo para o professor e alunos;
      • o professor fica com mais tempo para atender aos demais alunos;
      • a LIBRAS passa a ser mais divulgada e utilizada de maneira mais adequada;
      • o aluno surdo tem melhores condições de desenvolver-se, favorecendo inclusive seu aprendizado da Língua Portuguesa (falada e/ou escrita).
    •     Aspectos desfavoráveis
      • o intérprete pode não conseguir passar o conteúdo da mesma forma que o professor;
      • o aluno não presta atenção ao que o professor regente diz, porque está atento ao intérprete;
      • há necessidade de pelo menos dois intérpretes por turma porque a atividade é exaustiva;
      • os demais alunos ouvintes podem ficar desatentos, porque se distraem olhando para o intérprete;
      • o professor regente pode sentir-se constrangido em estar sendo interpretado;
      • o professor não interage diretamente com o aluno;
    Assim sendo, é necessário que professor regente e o intérprete planejem suas funções e limites.        - Compete ao professor regente:
      • liderar a classe;
      • ordenar o processo de ensino-aprendizagem;
      • resumir suas aulas no quadro;
      • avaliar o aluno.
    - Compete ao intérprete:
      • interpretar somente;
      • não explicar o conteúdo.
    Como escrevi anteriormente, devido às competições de professor e intérprete dá-se a importância de troca de conhecimentos e informações entre eles.

    Limitações de alunos com Deficiência Auditiva

          O aluno com Deficiência Auditiva encontra algumas dificuldades durante sua vida escolar quando cursando o ensino regular.Como a dificuldade de se adaptar ao oralismo, que é o método que os professores usam normalmente, não costumam usar a linguagem gestual, e muitas vezes não consideram as singularidades existentes na educação do indivíduo surdo,para adaptar à aula.Podemos citar também um problema relacionado aos profissionais envolvidos no ambiente escolar do DA, além do professor não ter um preparo para lidar com esse aluno com necessidades especiais, por falta de orientação em termos psico-sociais e do uso da linguagem de sinais, há também em alguns casos, o intérprete em sala de aula, que por uma formação de má qualidade ou por não dominar o conteúdo ministrado, passar informações erradas ao aluno,  ou ainda o aluno por ter pais ouvinte, não conhece a linguagem de sinais e fica perdido, prejudicando seu rendimento escolar.Daí a importância de se conhecer as particularidades e realidades de cada aluno, o intérprete e o professor devem trabalhar junto para que haja essa troca de informações e, assim um trabalho de sucesso, onde todos aprenderão cada vez mais.